sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

A brusca poesia da mulher amada

Continuando com o Poeta Vinicus de Moraes(maravilhoso hein....)

A brusca poesia da mulher amada

Longe dos pescadores os rios infindáveis vão morrendo de sede lentamente...
Eles foram vistos caminhando de noite para o amor – oh, a mulher amada é como a fonte!
A mulher amada é como o pensamento do filósofo sofrendo
A mulher amada é como o lago dormindo no cerro perdido
Mas quem é essa misteriosa que é como um círio crepitando no peito?
Essa que tem olhos, lábios e dedos dentro da forma inexistente?
Pelo trigo a nascer nas campinas de sol a terra amorosa elevou a face pálida dos lírios
E os lavradores foram se mudando em príncipes de mãos finas e rostos transfigurados...
Oh, a mulher amada é como a onda sozinha correndo distante das praias
Pousada no fundo estará a estrela, e mais além.

2 comentários:

david santos disse...

Olá!
A poesia não é brusca. É ralista, embora haja quem pense que não.
Bom trabalho. Parabéns.
Bom fim-de-semana

Angela disse...
Este comentário foi removido pelo autor.